terça-feira, 26 de agosto de 2014

Curiosidades históricas sobre o corte de cabelo

A importância do corte de cabelo

Ao longo da história tem sido atribuidos ao cabelo diferentes significados, por exemplo, poder, estatuto social, força, atracção sexual... isto associou-se em muitas culturas a que o facto de cortar o cabelo poderia significar perda de força e virilidade nos homens ou perda de atracção sexual na mulher...

Curiosidades históricas

Existe uma grande quantidade de dados que avaliam a importância social, estética e cultural do cabelo, por exemplo:

- as lendas sobre sereias contavam que estas encantavam os homens com os seus cantos e com as suas delicadas e longas cabeleiras
- há histórias bíblicas que apontam para a crença de que a força e a virilidade estavam no cabelo, como na passagem de Sansão e Dalila, em que ele perde toda a sua força e fica à mercê dos seus inimigos quando ela lhe corta o cabelo enquanto ele dorme
no antigo Egipto, os sacerdotes rapavam o cabelo como sinal de sabedoria, renuncia e pureza; enquanto os jovens guerreiros mostravam a sua virilidade e força usando cabelos compridos e ondulados
- há crenças orientais em que o cabelo simboliza a alma e a essência das pessoas e pentear o cabelo do seu companheiro, interpreta-se como um preliminar a uma relação sexual
- no Vietname acreditava-se que era no cabelo que residia a força de um individuo, pelo que o corte e o penteado se deviam executar com particular cuidado
- na Idade Média, o cabelo comprido dos homens significava valor, coragem e virilidade, enquanto na mulher usar melenas compridas e soltas era sinal de luxuria e libertinagem

Conceito de corte através da história

Parte-se necessariamente de um conceito exclusivamente masculino, dado que até ao século XX, a mulher não devia cortar o cabelo. Até essa altura, o corte feminino só podia ter três significados: aplicação de um castigo, renuncia ao mundo ou sacrifício por questões económicas.
Por esse motivos, em 1914, o corte "à garçon" é muito mais que uma moda, é uma revolução social e cultural, um acto intimamente ligado à emancipação feminina iniciada no principio do século.

Evolução das técnicas

O corte "à garçon" é o primeiro com identidade suficiente para que por si só determine um estilo de penteado, por marcar muito mais do que o inicio de uma moda, mas o inicio de uma luta pela igualdade e pela independência da mulher

Na primeiras décadas do século XX, são as estrelas de cinema quem marca a moda dos penteados, contudo apenas se aplicavam duas ou três formas básicas, com maior ou menor longitude.

Em meados do século XX o estilo de corte é determinado por actrizes como Gina Lollobrigida, com um corte muito curto executado à navalha.

Por volta dos anos 50, o ícone está em Marilyn Monroe, cujo penteado é muito imitado, não apenas pelo corte, que passar a ter um ligeiro degradé mas também pela cor: um loiro muito claro.

Na década de 60 passam a combinar-se várias técnicas de penteado e  dominam os estilos femininos muito definidos, que vão desde os cabelos muito curtos, até cabeleiras médias e longas, onde o denominador comum são formas com bastante volume no topo da cabeça.

No campo masculino, após as duas guerras mundiais que ditavam que o corte masculino era um corte muito militar, aparecem os Beatles e os hippies que se libertam dos cortes rígidos masculinos e deixam crescer os seus cabelos de forma "rebelde" para a altura.

Actualmente o corte é mais uma técnica do profissional de cabeleireiro aliada a tantas outras, como a coloração, ondulação, desfrisagem... mas é o corte e a base que o profissional cria no cabelo do seu cliente que dita o resultado final junto do cliente.



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